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Escola Leopoldo Tietböhl trabalha temáticas de diversidade na sua 16° Feira do Livro

Evento realizado nos últimos dias 21 e 22 mobilizou os mais de 400 alunos da escola

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Um dos destaques da Feira foi a obra “O gatinho Preto”. O livro trouxe destaque para a questão da diversidade e da socialização
Um dos destaques da Feira foi a obra “O gatinho Preto”. O livro trouxe questões relacionadas à diversidade e à socialização - Foto: Diego da Costa
Por Diego da Costa

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Leopoldo Tietböhl, do Bairro Petrópolis, na Capital, promoveu nos últimos dias 21 e 22 de setembro a sua 16° Feira do Livro. Incentivando a leitura e produzindo atividades práticas para que os alunos pudessem imaginar e interpretar as histórias que leem, os professores ofereceram oficinas de teatro, maquetes e apresentações com temáticas de relacionamento, diversidade e sociabilidade.

Um dos destaques da Feira é a obra “O gatinho Preto”.  A autora do livro, a professora e escritora Ana Maria Bettini, conta a história de uma menina que achou na rua um gatinho preto. A personagem se apegou demais e queria a todo custo ficar com o gato. A mãe da menina não quis, porque na opinião dela o gato preto dava azar.

A autora revela que se utilizou de uma metáfora para demonstrar não só a exclusão dos animais pretos, mas das pessoas negras. Assim como o gatinho é o último a ser escolhido numa fila de adoção por trazer simbolicamente “azar”, as crianças negras também são as últimas as serem escolhidas no orfanato. Segundo ela, todos preferem sempre as crianças brancas de olhos verdes ou azuis.

“Eu trouxe a temática do gatinho preto, mas a verdade é que a questão é muito mais ampla. As crianças vestiram as roupinhas de gatinho, mas a ideia e incentivá-las a, desde pequenas, não excluírem ninguém. Seja pela cor ou outro motivo”, revela.

Segundo a professora de Português do 3° ano do Ensino Fundamental e responsável pelas atividades do livro, Maria Isabel Crippa, as atividades práticas buscam trazer a leitura para o concreto. “Nós queremos facilitar a compreensão, então confeccionamos roupinhas de gato para eles mergulharem na história. Ninguém quer o gatinho preto e assim nós trabalhamos a diversidade”, explica.

A diretora da escola, Suzana Marzulo Quintana, revela que a Feira do Livro começou na instituição de ensino por meio de uma oficina com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) no ano de 2002. “Essa ideia da leitura dos livros estar associada a uma atividade prática começou deste modo. Por meio das oficinas foi possível desenvolver práticas mais efetivas de leitura e interpretação de textos”, conta.

 As 5 Pontas de uma Estrela

Marcelo Spalding foi o patrono da Feira do Livro. Autor dos livros “ Liga da Literatura” e “As 5 pontas de uma Estrela”, o escritor era um dos mais aclamados pelos estudantes. Com 11 anos, ele foi “Repórter por um dia” do concurso realizado pelo jornal Zero Hora, após ter mandado um texto de sua autoria para avaliação. De acordo com Marcelo, a leitura é fundamental na formação do estudante: “Este trabalho estimula as nossas crianças e jovens a terem gosto pelo livro. Sempre fui apaixonado por isto e quero passar adiante esta experiência”.

João Pedro Scherer, aluno do 8° ano, de 14 anos, afirma que, para quem gosta de ler, todo livro é bom: “Estou lendo ‘As 5 pontas de uma Estrela’ e estou gostando muito. Fico muito feliz quando tem estas iniciativas na nossa escola”.

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