Marietti Fialho realiza show em feira de empreendedorismo afro
Cantora afirma que é a primeira negra a ser vocalista de banda de reggae no Estado
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A cantora Marietti Fialho proporcionou um show para os servidores da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) nesta quarta-feira (22/11). A performance faz parte da Semana do Empreendedorismo Afro do Novembro Negro, série de eventos em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra.
O evento da Divisão da Diversidade e Direitos Humanos da Seduc, em parceria com a Rede Independente de Empreendedores Afrogaúchos, trouxe no terceiro dia novos empreendedores de produtos artesanais para exposição na Seduc (Avenida Borges de Medeiros, 1501, Bairro Praia de Belas, na Capital), no complexo do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff). A visitação é aberta ao público e vai até 1º de dezembro.
De acordo com Marietti Fialho, ela foi a primeira mulher negra do Rio Grande do Sul a estar à frente de uma banda de reggae, a Motivos Óbvios, na qual foi vocalista por 25 anos. Também foi a primeira mulher a ser presidente do colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, em 1985. Ela cantou, ao lado do compositor e músico Jorge Onifade, sucessos como Fio Maravilha (de Jorge Ben Jor) Papel Machê (João Bosco) e clássicos de Lupicínio Rodrigues.
Com seus 27 anos de carreira, Marietti chamou atenção para a importância da semana de eventos do Novembro Negro: “O dia da Consciência Negra nos faz pontuar que a consciência da sociedade negra tem que ser pensada 365 dias. Todos respiramos o mesmo ar e estamos abaixo do mesmo sol. A diferenciação racial não faz ninguém melhor.”
A feira ainda contou com empreendedores estreantes, como Elliz Flores, que trouxe peças jeans e moda feminina. E a banca Bamako, que expôs artes à mão finalizadas digitalmente por Gabriel Muniz.
Outra ação da programação do Novembro Negro, chamada Territorialidades Negras, ocorre nesta quarta-feira no auditório do Caff e conta com cerca de 80 trabalhos realizados com alunos do ensino médio. O evento foi ministrado pela assessora da Educação das Relações Étnico Raciais, Adriana Santos.
Para a assessora do Programa Saúde na Escola do Departamento Pedagógico da Seduc, Caren Fortunato, o evento este ano carrega a importância de desvincular os eventos de consciência negra com uma data única. “Fizemos o que o poder público chama de intersetorialidade, desvinculamos este evento da semana de consciência negra para colocar o assunto em pauta todos os dias”, disse ela, que espera conquistar o evento como calendário oficial da Seduc.