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Divulgados os resultados da avaliação de rendimento dos alunos da rede estadual

Saers volta a ser realizado e traça uma panorama da situação do ensino público estadual no Rio Grande do Sul

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Secretário apresentou os resultados nesta quarta-feira (21/6) - Foto: Diego da Costa/Seduc
Por Renato Gava

O secretário de Estado da Educação Ronald Krummenauer apresentou nesta quarta-feira (21/6) os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers 2016). A avaliação, realizada pela Secretaria da Educação em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foi aplicada em dezembro de 2016, para 151.952 alunos. As disciplinas avaliadas foram Língua Portuguesa (Leitura e Escrita) e Matemática, nas seguintes etapas de escolaridade:  2º ano do Ensino Fundamental, 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio.

"Esse sistema é uma retomada para sabermos onde estamos e tomar as medidas necessárias para que a qualidade do ensino na rede estadual chegue ao patamar que todos nós queremos", afirma o secretário Ronald Krummenauer.

A avaliação educacional em larga escala, no Rio Grande do Sul, possui uma trajetória singular. Desde 1995 – Lei da gestão democrática 1.0576/95, o Estado conta com legislação própria sobre o tema, atribuindo à Secretaria de Educação (Seduc) a coordenação e a execução da avaliação de todos os estabelecimentos da rede pública de ensino. O objetivo é produzir informações sobre o sistema educacional que possam dar suporte a ações destinadas à melhoria do ensino e da aprendizagem. Com esse sistema próprio de avaliação, a Seduc poderá identificar potencialidades e limitações para redefinir ações e estratégias de apoio a situações de menor desempenho.

"Temos de garantir melhorias contínuas para, em quatro ou cinco anos, colocar o Rio Grande do Sul em melhores patamares de ensino", analisa o titular da Seduc.

O Saers representa um importante instrumento para mensurar a eficácia das políticas públicas formuladas para a rede estadual, fornecendo dados individuais do desempenho do aluno, já que outros indicadores, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgam apenas os resultados das escolas.

 O resultado do Saers possibilita ao Governo do Rio Grande do Sul definir novas metas para as escolas estaduais com base no desempenho alcançado em 2016.  A igualdade de oportunidades educacionais é um dos pilares para a construção de uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse olhar que professores e gestores devem analisar e se apropriar dos resultados da avaliação em larga escala, dando vida e significado pedagógico aos números, aos gráficos, aos dados estatísticos.

"Já a partir do segundo semestre, vamos implantar um projeto-piloto de gestão escolar que vai atingir entre 10 e 12 mil alunos da rede pública estadual. Isso vai nos permitir acompanhamento online do desempenho do aluno", revela Krummenauer.

Os dados não falam por si. Devem ser contextualizados, considerando vários fatores relacionados com os resultados obtidos, sendo um ponto de partida, um convite à análise e ao planejamento para promover a equidade e melhorar a qualidade do ensino ofertado.

Apropriação dos Resultados

O quadro (acesse aqui) apresenta os intervalos correspondentes na escala de proficiência para cada pa­drão definido para o Saers, por disciplina e etapa, e as características de desempenho dos estudantes, de acordo com cada padrão. 

Percebe-se que nos anos iniciais a concentração de alunos ocorre no padrão adequado, por outro lado, nos anos finais do Ensino Fundamental e o 1º ano do Ensino Médio prevalecem os padrões abaixo do básico e básico.  Nessa perspectiva, conhecer e utilizar os resultados das avaliações externas nas salas de aula significa compreendê-los não como um fim em si mesmo, mas sim como possibilidade de associá-los às transformações necessárias no sentido de fortalecer a qualidade da escola pública, que se organiza para garantir a aprendizagem de todos e todas.  Assim, os educadores gaúchos receberão cursos e encontros de formação continuada, a fim de alicerçar a apropriação desses resultados e executar intervenções necessárias em sala de aula.

A Secretaria da Educação tem a responsabilidade de orientar e monitorar as ações estratégicas visando à execução dos planejamentos de intervenção construídos pela coordenadoria pedagógica de cada escola.

Ações que serão realizadas em 2017:

 – Capacitação das Coordenadorias nos respectivos Polos ( 4 )

– Curso On-line para 130 multiplicadores  (CRE/SEDUC)

– Curso on-line para 5.568 professores (dois por escola)

– Construção dos Planos de Intervenção com escolas, com objetivo de melhorar os índices de aprendizagem

– Monitoramento dos planos de intervenção das CREs pelo Departamento Pedagógico da SEDUC

– Avaliação dos Resultados

– Encontro das escolas para apresentação dos resultados

– Apresentação de boas práticas dos planos de intervenção.

Além disso, há que se discutir que a avaliação não pode estar isolada de políticas de ensino, políticas de formação de professores, políticas de apoio didático-pedagógico e políticas de gestão de escola.  Esses são os alicerces para o avanço em direção à qualidade e à equidade em educação.

"Se não melhorarmos a qualidade de ensino do aluno, estamos falhando como secretaria e até como sociedade. Nada é mais importante que isso", acrescenta o secretário.

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