Estudantes da região das ilhas ao redor de Porto Alegre ganharam esta semana um novo sistema de transporte que promete agilizar a vida dos usuários e, ainda, gerar economia aos cofres do Estado. Pela primeira vez, para a execução dos serviços, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) utilizou o moderno software criado este ano e que vem otimizando o transporte de alunos em praticamente todo o Interior do Estado.
“Com esse programa de computador, conseguimos estabelecer quais as melhores rotas. Além disso, o cadastramento é completo, desde o endereço de alunos e seus pais até todos os dados envolvendo os motoristas e as empresas, o que gera segurança e agilidade no serviço”, explica a coordenadora da 1ª Coordenadoria Regional de Educação, Maria Luiza Moraes.
O transporte atende a cerca de mil alunos das escolas de ensino fundamental Maria José Mabilde e Oscar Schmitt e da de ensino médio Almirante Barroso – na Oscar Schmitt, o serviço começa na próxima semana, mas nas outras duas, os ônibus já estão operando.
A Divisão de Licitações e Contratos do Departamento Administrativo (DLC/DAD) da Seduc estipula que, com o sistema, a despesa do Estado com o serviço ficará pelo menos 25% mais barata – os números ainda estão sendo calculados, por isso os valores ainda não são divulgados.

Mudança
Antes do novo sistema, o transporte era feito somente por uma empresa (vencedora de licitação), que apresentava um valor fixo. Porém, de acordo com a 1ª CRE, nos últimos anos a mesma transportadora vinha ganhando as cotações por falta de concorrência. E, ainda no primeiro semestre, essa transportadora não apresentou documentos necessários para a realização do serviço – o transporte foi interrompido e nova tomada de preços teve de ser feita. Desde então, a Seduc vinha buscando uma maneira de qualificar o serviço.

No edital publicado este mês, os trabalhos foram fracionados em nove lotes (cada turno de cada escola corresponde a um lote). Dessa maneira, cinco empresas vão prestar serviços na região – algumas ganharam direito a operar em mais de um lote. O atual contrato vai até o final do ano letivo e, para 2018, novo edital terá de ser feito – seguindo as mesmas bases. “Eu estava vindo de ônibus, mas sei que não custa barato.

Cerca de meia hora depois, a dona de casa Claudia Riet, no portão de casa, com um beijo se despedia da filha, prestes a entrar no ônibus, parado no outro lado da rua, rumo ao turno da tarde também da Almirante Barroso. Deixar a filha na escola, até a semana passada, era mais cansativo para a mãe: de bicicleta, ela levava a menina por cerca de 2,5km. “Era o único jeito, pois não tenho condições de pagar ônibus todos os dias. Esse transporte vai agilizar bastante a nossa vida”, acredita Claudia.

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Nos dias de chuva forte, conta ela, muitas vezes a menina era obrigada a faltar às aulas. “Eu acho bem melhor agora, chego na escola mais descansada”, lembrou Amanda.