Professores e coordenadores regionais de Educação dos 18 municípios que escolheram a metodologia do Instituto Alfa e Beto, de Minas Gerais, para a alfabetização de crianças com seis anos concluíram nesta sexta-feira, 13 de julho, a capacitação para a segunda unidade de aprendizagem. O trabalho integra um projeto piloto desenvolvido pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc), com a Unesco e com a União Nacional dos Dirigentes da Educação (Undime/RS), que pretende estabelecer padrão de ensino e aprendizagem com as crianças de seis anos em alfabetização na rede pública estadual. Durante uma semana, no auditório da Escola Técnica Parobé, em Porto Alegre, a coordenadora pedagógica do Alfa e Beto, Cleíse Magalhães Lopes, capacitou os professores para a aplicação do processo de decodificação de códigos. No semestre passado, as crianças conheceram a apresentação de fonemas - primeira etapa do método fônico utilizado pelo Instituto no processo de alfabetização. ?Isso permite ao aluno descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico?, disse Cleíse. Embora os resultados da efetividade do método somente poderão ser atestados no final do ano, o retorno trazido pelos professores nos primeiros meses de aplicação da metodologia já animou a coordenadora pedagógica. ?Algumas escolas constataram melhora na freqüência dos alunos, professores demonstram entusiasmo e até os pais estão se envolvendo no processo?, salientou. De acordo com Cleíse, o método fônico também ?introduz o aluno ao mundo das letras e dos livros e desenvolve vocabulário e competências de compreensão de texto e expressão oral?. Os municípios que adotaram a metodologia do Alfa e Beto são: Arvorezinha, Boa Vista do Incra, Butiá, Camaquã, Capão da Canoa, Carlos Gomes, Charqueadas, Chuvisca, Condor, Frederico Westphalen, Guaíba, Ibirubá, Minas do Leão, Nova Santa Rita, Salto do Jacuí, Santo Augusto, Sapiranga e Sobradinho. Três experiências de alfabetização Além do Instituto Alfa e Beto, a Seduc disponibilizou, também, os métodos do Instituto Ayrton Senna, de São Paulo, e do Grupo de Estudos Sobre Educação, Metodologia da Pesquisa e Ação (Geempa), do Rio Grande do Sul. A intenção é utilizar as experiências inovadoras no processo de alfabetização, já aplicada com êxito em outros Estados, com o objetivo de qualificar o aprendizado e minimizar os índices de evasão e repetência.