Programa sobre uso de medicamentos sem controle entre crianças é lançado no RS
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O Rio Grande do Sul tem um dos maiores índices nacionais de mortalidade infantil por ingestão de medicamentos. Por este motivo, foi escolhido para centralizar, na Região Sul, a implantação do programa de capacitação ´Educação e Promoção da Saúde no Contexto Escolar´. O lançamento ocorreu na manhã desta sexta-feira, 24 de agosto, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, e teve seguimento com palestras e painéis sobre o uso racional de medicamentos, que se desenvolvem também neste sábado.
Desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa), o programa será coordenado no RS pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc), haja vista o público-alvo do trabalho serem alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental. O funcionamento do trabalho iniciado hoje se dará através da formação de 80 professores-multiplicadores, distribuídos entre as 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) e Equipes de Saúde Escolar (Esae), além de representações regionais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/RS)
Este número de multiplicadores, cuja capacitação se dará por um curso à distância de 240 horas, é superior à soma de todo o restante do projeto, que será implantado em outras quatro regiões. De acordo com a coordenadora do Programa de Saúde Escolar da Seduc, Marta Tellechea, espera-se alcançar 650 turmas de escolas públicas, disseminando ações preventivas e de esclarecimento sobre os riscos da ingestão indevida de remédios. "Entre crianças e jovens, o hábito ou a curiosidade de usar medicamentos lícitos pode levar à experimentação e ao vício de drogas ilícitas".
"O consumo de remédios sem prescrição também se dá por influência da publicidade na mídia, que vende sensações de bem-estar sem alertar para os riscos, que sempre existem", salientou o diretor geral da Seduc, Ervino Deon, representando a secretária Mariza Abreu no lançamento do programa. Ele disse acreditar que as crianças podem ser incentivadas pelos próprios pais, dependentes de medicamentos de qualquer espécie, se os consomem na frente dos filhos. "É preciso que o trabalho não se limite à escola e se estenda aos lares, pois saúde e educação estão intimamente relacionadas", frisou.