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Cerimônia marca fim dos reparos na escola estadual mais antiga da região das ilhas, em Porto Alegre

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Foto na escola Almirante Barroso
Comunidade escolar participou do evento no pátio da escola, e houve a entrega de kits da Campanha Mochila Cheia - Foto: Cainan Silva / ASCOM Seduc
Por Daniel Marcilio

Em uma tarde ensolarada, a Escola Estadual de Ensino Médio Almirante Barroso, em Porto Alegre, comemorou, nesta quarta-feira (24/07), a entrega do seu espaço escolar, quase três meses após as enchentes de maio. Situada no bairro Arquipélago, uma das áreas mais atingidas, a instituição de ensino é a maior e mais antiga da rede estadual nas ilhas. Em 5 de agosto as aulas retornam no local de forma presencial.

Realizado no pátio da escola, o evento contou com a presença da secretária-adjunta de educação, Stefanie Eskereski. Além de comemorar o fim dos reparos, foram entregues 300 kits arrecadados pela Campanha Mochila Cheia, iniciativa da Secretaria de Educação (Seduc) que busca recolher doações de livros e materiais escolares para ajudar os estudantes mais afetados. 

“Foi um momento muito difícil para toda a sociedade gaúcha, especialmente para nossas escolas, professores e estudantes. São 84 dias em que passamos por situações que nunca vivenciamos antes. Parabenizo toda a comunidade escolar pela força demonstrada. Podem ter certeza que nosso compromisso, enquanto Seduc, é garantir o retorno pleno da escola, estar com vocês em todos os momentos até que todos os estudantes estejam de volta, seguros e acolhidos”, reafirmou Stefanie durante a cerimônia. 

A Escola Almirante Barroso está localizada às margens do Rio Jacuí. O prédio de dois andares, coberto por azulejos azuis, possui mais de 80 anos de existência, tendo enfrentado a enchente de 1941. Neste ano, as águas invadiram o primeiro andar e alcançaram cerca de um metro e meio de altura. A quadra atrás do edifício foi coberta por lama e entulhos. 

A diretora Carina Baum Machado trabalha na instituição há 20 anos e ocupa o cargo de direção desde 2020. Ela conduziu a comunidade escolar através de diversas crises, incluindo a pandemia e a recente catástrofe meteorológica. Durante a enchente, uma das principais preocupações foi manter o vínculo dos alunos com a escola.

“Desde o início, por meio de grupos online, os professores foram incansáveis, mantendo contatos com os alunos. Visitamos e atendemos os estudantes em abrigos, toda para que soubessem que estávamos juntos, que não desistissem, pois iríamos reconstruir e eles iriam voltar”, disse a diretora. Ela destacou ainda o esforço coletivo que acelerou a reconstrução. 

“Nós tivemos a Seduc e  a 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) conosco, além da ajuda da Marinha e de voluntários. Então toda essa força ajudou-nos a chegar no dia de hoje com o espaço pronto para receber os alunos, que são a vida da escola”, comemorou.

Por meio da Autonomia Financeira, a Seduc repassou diretamente duas parcelas eventuais para a escola, focadas nos eventos climáticos. A soma dos valores para instituição da ilha da Pintada chegou a R$ 100 mil, que foram utilizados para ações de reparo, custeio e limpeza.   

Além disso, nas próximas semanas, está prevista a chegada de mobiliários para recompor o que foi danificado na Escola Almirante Barroso. Os itens incluem 100 conjuntos de classe para alunos e 26 pares de mesa e cadeiras de professor, em um investimento do governo do Estado de mais de R$100 mil. 

A Escola Almirante Barroso atende aproximadamente 525 alunos, incluindo estudantes do bairro e do município vizinho de Eldorado do Sul, sendo a única instituição da rede estadual a abranger o Ensino Médio no território das ilhas. No total, a Seduc mantém quatro escolas no bairro Arquipélago, atendendo 1.165 alunos dos ensinos Fundamental e Médio. As aulas presenciais serão retomadas em todas as escolas estaduais da região no dia 5 de agosto, após o término do recesso escolar.

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