Quinto encontro do Ciclo de Governança na Educação reúne lideranças do governo para analisar indicadores da Rede Estadual
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No encerramento do primeiro semestre letivo, o governo do Estado promoveu, nesta quarta-feira (23/7), a reunião mensal do Ciclo de Governança na Educação. O encontro, que ocorreu no Palácio Piratini, em Porto Alegre, é o quinto realizado desde março deste ano. Chamado de E1, o evento é o ponto culminante de todo um fluxo de comunicação de dados sobre a realidade das escolas da Rede Estadual, monitorando indicadores como execução do Programa Agiliza, frequência escolar, aulas dadas e notas dos estudantes.
A reunião contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite, e da secretária adjunta da educação, Stefanie Eskereski, além de lideranças de todas as subsecretarias da Secretaria da Educação (Seduc). Também estiveram presentes os 30 coordenadores das Coordenadorias Regionais da Educação (CRE), representando as demandas de cada região gaúcha.
Na educação, área tratada como prioridade pelo governador Eduardo Leite, o propósito do governo é com o futuro do estudante, do professor e da sociedade.
A dinâmica no Palácio Piratini é organizada de forma que os participantes possam trazer relatos dos pontos de atenção e das boas práticas de suas regiões, estabelecendo um diálogo direto com o gabinete do governador. A partir de dados e evidências coletadas nas escolas, as falas ajudam a criar um panorama da Rede Estadual e, assim, servem de apoio para embasar ações e políticas públicas na área da educação.
“Já conseguimos observar uma evolução em três dos principais indicadores. Agora, seguimos com o compromisso de acompanhar de perto a implementação dos Estudos de Aprendizagem Contínua nas escolas, apoiando professores e supervisores para garantir os direitos de todos os estudantes”, afirmou Stefanie Eskereski.
A reunião foi dividida em diferentes painéis temáticos. O primeiro tratou da execução do Programa Agiliza, que fortalece a autonomia financeira das equipes diretivas, repassando recursos para as escolas que podem ser aplicados em pequenos reparos ou para a compra de materiais.
“Minha permanência na sede da coordenadoria é cronometrada, porque passo a maior parte do tempo visitando escolas. Conversamos com professores, supervisores e até com responsáveis pela cozinha escolar, levantando demandas e orientando sobre o uso dos recursos disponíveis. Isso nos permitiu alcançar avanços rápidos e efetivos”, relatou.
A coordenadora Juliane Bonez, da 15ª CRE (Erechim), abordou a questão das aulas dadas na sua região, que abrange parte do noroeste gaúcho. Com uma estratégia de acompanhamento constante, ela alcançou resultados cada vez mais precisos no registro das aulas.
“Houve um alinhamento constante entre coordenadoria, chefias, pontos focais e grupos de trabalho. A presença das mentorias nas escolas contribuiu para ajustes em tempo real, assegurando que os dados refletissem com fidelidade a realidade vivida nas salas de aula”, explicou.
“Minha assessora do ISE (Sistema de Gestão da Rede Estadual) visitou escola por escola para verificar, com os secretários, a inserção correta dos dados. Isso gerou uma redução progressiva da infrequência. Também promovemos capacitações para todos os envolvidos — supervisores, orientadores, secretários — reforçando a importância da integração dos dados”, relatou.
A coordenadora Mônica Pagliusi Lopes Justo, da 32ª CRE (São Luiz Gonzaga), apontou duas ações que desempenharam um papel fundamental para avançar no indicador de notas: a vistoria da base de dados e o trabalho com a concepção de avaliação nas escolas.
“Desde 2021, temos promovido formações sobre a importância das avaliações externas e da avaliação em sala de aula. Nosso foco é ajudar os gestores e professores a entenderem o erro como parte do processo de aprendizagem — um sinal para refletir: o que não foi ensinado? Por que não foi aprendido?”, destacou.
O encontro também contou com a presença de representantes do Instituto Unibanco e do CENPRE – Centro de Práticas e Resultados Educacionais.