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Alimentação além da escola: confira dicas para estudantes melhorarem o desempenho

Alguns alimentos reforçam a memória antes de provas

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Fernanda e Gicelda falaram com alunos de Ijuí
Fernanda e Gicelda falaram com alunos de Ijuí - Foto: 36ª CE /Seduc
Por Tayná Schultz

As refeições escolares de todo o Brasil são possibilitadas através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que repassa verbas a estados e municípios por dia letivo para cada aluno – os valores são definidos de acordo com a etapa e modalidade de ensino. Porém, além da escola, algumas mudanças no cardápio individual dos alunos podem contribuir para melhora do desempenho escolar.

De acordo com a nutricionista responsável técnica da Seduc, Luana Petrini, as nutricionistas da secretaria elaboram um cardápio que auxilia no desempenho e desenvolvimento escolar com a utilização de gêneros básicos. Além disso,  a alimentação na escola é com gêneros alimentícios saudáveis, que proporcionam a melhoria do rendimento escolar.

A variedade de alimentos presentes no cardápio escolar que influenciam na memória e no desempenho na escola é diversa: as carnes vermelhas, as leguminosas, os grãos, por serem ricos em vitaminas do complexo B e desempenharem a função neural. Além disso, estão presentes, uma vez ao mês, os peixes, fontes ricas em ômega 3, um ácido graxo fundamental ao desenvolvimento cognitivo.

Alimentos amarelados, como queijos, cenoura, laranjas, são ricos em fósforo e vitamina A, que protegem a membrana do neurônio e desempenham funções fundamentas do raciocínio. Ainda, as folhas verdes escuras, como brócolis, espinafre e outros, por serem fonte de ácido fólico, melhoram a circulação cerebral, sendo importantes para o aprendizado. "A alimentação na escola é promovida e incentivada para a garantia de uma melhoria do rendimento na escola", informou a responsável técnica.

A técnica em Nutrição Gicelda Degregori, da 36° Coordenadoria Regional de Educação (CRE), órgão da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), dá sete dicas para estudantes de ensino fundamental e médio melhorarem a concentração, memória e rendimento físico na escola. Confira:

–  É bom evitar alimentos gordurosos e com excesso de sal na semana de provas, já que estes retardam o esvaziamento gástrico e causam sonolência. Além disso, o excesso de sal e comidas apimentadas podem causar sede e desconforto estomacal. Estes alimentos podem ser substituídos por cereais integrais, legumes e frutas.

– Comidas ricas em omega3, como peixes e frutas oleaginosas (castanhas, amêndoas e avelãs), são recomendados para auxiliar na preservação da boa memória.

– Para os alunos que estudam no turno da manhã, pular refeições resulta em um quadro de hipoglicemia, gerando sonolência e dificultando a concentração. O café da manhã é uma das refeições mais importantes do dia.

– Devido à necessidade de trabalhar durante o dia, muitos estudantes do turno da noite deixam de realizar uma refeição saudável antes de ingressar na sala de aula, necessitando assim de aporte calórico maior no lanche servido pela escola.  De acordo com a técnica em Nutrição, a maioria dos alunos se alimenta de forma errada, preferindo alimentos industrializados, ricos em gorduras, açúcares e corantes, prejudiciais à saúde, ao aprendizado e até mesmo ao seu desenvolvimento. “O que muda na alimentação de cada estudante é o valor calórico e de nutrientes que deve ser de acordo com a faixa etária de cada um”, ensina.

– Para alunos que vão praticar atividades físicas, é importante consumir alimentos que dão energia, mas que de fácil digestão. Porém, deve-se dispensar alimentos proteicos como leite, queijo, iogurtes e também as gorduras, a fim de evitar desconfortos gastrointestinais.

– Após a atividade física, o ideal é consumir uma refeição com boa quantidade de carboidratos (arroz, massa, batata, pão ou torrada), acompanhada de proteínas como as de origem animal e complementada com fontes de vitaminas e minerais, como os vegetais. Além de manter o corpo hidratado durante a atividade física.

– O consumo adequado de nutrientes depende da idade e necessidade de cada jovem. Porém, o ideal é que os estudantes consumam pelo menos três refeições diárias e dois lanches entre as refeições para garantir o consumo adequado de nutrientes para o corpo estar bem preparado visando a atividade escolar.

 Exemplo na 36ª CRE

A Escola Técnica Jose de Anchieta e a Escola de Ensino Fundamental Rui Barbosa, ambas do município de Panambi, receberam a nutricionista da Secretaria Estadual de Educação, Fernanda Maria da Silva, e a técnica Gicelda Ângela Degregori para desenvolver a educação nutricional dos alunos e reforçar a importância da alimentação durante o período em que permanecem na escola.

A visita teve como objetivo orientar às merendeiras acerca das boas práticas de manipulação, conservação e preparação dos alimentos, bem como a conscientização dos alunos quanto ao consumo de alimentos nutritivos e de como hábitos alimentares saudáveis podem impulsionar o desempenho escolar.

O tema foi abordado em forma de palestra para os alunos de ensino médio, e com atividades de forma lúdica para os do ensino fundamental.

Para a Semana Mundial da Alimentação, de 16 a 22 de outubro, a Secretaria de Educação do Estado, em parceria com as CREs, realiza uma exposição no Centro de Eventos da Seduc, a fim de mostrar o trabalho nutricional que vem sendo executado junto às CRES. As coordenadorias regionais que possuem técnicos em Nutrição devem realizar, ainda na semana que vem, atividades para conscientizar alunos e corpo docente sobre o consumo de óleo, açúcar e sal de cozinha.

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