Chega a 100 o número de professores da região de Santa Rosa capacitados pela parceria entre a 17ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e a Agência de Desenvolvimento, entidade que reúne várias associações em prol do desenvolvimento da região. O convênio atualiza o corpo docente sobre as principais ferramentas tecnológicas e explica como podem ser utilizadas no dia a dia da vida nas escolas.

“São dezenas e dezenas de ferramentas que o Google tem, e hoje, na maioria das vezes, os alunos sabem mais a respeito disso do que os professores, pois a gurizada mexe mais no computador. Nosso desafio é atualizar os professores”, afirmou o diretor da Agência, Artur Lorentz.

Em 12 de setembro, a formação foi para o uso do Khan Academy, ferramenta que oferece uma coleção grátis de mais de 3,8 mil vídeos de Matemática, Medicina e Saúde, Economia e Finanças, Física, Química, Biologia, Ciência da Computação e outras matérias. Um exemplo da forma de trabalho adotada na parceria.

Tema de casa

Em geral, a capacitação é feita pelo menos uma vez por mês, em encontros com especialistas. Assim como fazem com seus alunos no dia a dia, os professores também recebem “tema de casa”, para praticarem o que aprenderam. “Depois, cada um interage na medida do possível com os capacitadores”, completou Artur.

Os trabalhos começaram em março, e a pioneira foi a Escola Mercedes Motta, onde foi implantado o projeto-piloto. “A formação está sendo muito proveitosa e já percebemos mudanças, principalmente nesta escola. A formação iniciada com ferramentas específicas para a Matemática também encanta os professores”, comentou a coordenadora da 17ª CRE, professora Roseli Schafer.

Em março de 2016, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), assinou um termo de cooperação com a Google Apps for Education, braço do Google, para levar tecnologia às escolas do Estado. A empresa disponibiliza aplicativos para todos os setores das escolas.

Meta ousada

A meta da Agência de Desenvolvimento para 2018 é ousada: obter R$ 500 mil junto a entidades privadas ou do Governo Federal para implementar o projeto – hoje, os R$ 50 mil anuais gastos com a empresa de Santa Catarina responsável pelas consultorias são pagos pelo dinheiro arrecadado pelos voluntários que compõem a entidade sem fins lucrativos, como Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindilojas.

A verba, explica Artur, seria para expandir a capacitação e, também, melhorar a infraestrutura nas escolas no que diz respeito à tecnologia. “Temos muito a avançar, pois há um número grande de escolas em que o acesso à internet quase inexiste. Não adianta qualificar o professor se, no trabalho, ele não tem como se usar disso com os alunos. Temos um longo caminho pela frente”, finalizou Artur.