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Projeto Escola Segura e Em Paz forma os primeiros facilitadores de Círculos de Paz nas escolas estaduais

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As atividades formativas são realizadas presencialmente e têm duração de 20 horas, envolvendo teoria e prática.
As atividades formativas são realizadas presencialmente e têm duração de 20 horas, envolvendo teoria e prática. - Foto: Divulgação Seduc
Por Daniel Marcilio

Uma ferramenta pedagógica para promover um ambiente escolar saudável e inclusivo. Iniciativa do Núcleo de Cuidado e Bem-Estar Escolar, vinculada à Secretaria de Educação, o Projeto Escola Segura e Em Paz tem como objetivo formar novos facilitadores dos Círculos de Construção de Paz (CCP) para a prevenção da violência nas escolas, aplicando conceitos da Justiça Restaurativa e da Cultura de Paz.

As primeiras formações ocorreram entre os dias 9 e 10 de abril em escolas estaduais de Farroupilha, Erechim e no litoral norte, nas regiões de Capão da Canoa e Torres, e entre os dias 17 e 19 de abril em Caxias do Sul e Rio Grande.

As atividades formativas são realizadas presencialmente e têm duração de 20 horas, envolvendo teoria e prática. Os instrutores são voluntários, formados pelo curso da escola da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul, a AJURIS. Para Thamy Fernanda de Souza, assessora do Núcleo de Cuidado e Bem-Estar Escolar e referência pelo Projeto Escola Segura e Em Paz, o retorno dos professores que participaram das ações já é significativo.

“A sensação de quando eu saí das visitas nas formações foi de um sonho se realizando. Formada como instrutora em Círculos de Construção de Paz desde 2018, sempre tive o desejo de que outros colegas pudessem vivenciar o mesmo que eu. Ver mais professores tendo essa possibilidade de conhecer e se formar como facilitador em CCP e ouvir os relatos sobre o quanto essa formação está fazendo a diferença na vida deles, aquece o coração,” destaca a professora.

A ideia é expandir a proposta para todas as escolas estaduais, que poderão selecionar no mínimo dois professores por instituição para receber essa qualificação. A metodologia escolhida trabalha com dinâmicas circulares. A partir de um olhar amplo, focado em criar um espaço de respeito e conexão, os facilitadores são orientados a agir de forma empática e sensível, de modo a promover um estado de acolhimento coletivo e confidencialidade.

Os facilitadores são capacitados para lidar com situações que possam surgir no ambiente escolar, como bullying ou casos de racismo, por meio do diálogo e da compreensão. Ao mesmo tempo, os professores são incentivados a mobilizar outros temas nos círculos, como os sentimentos dos alunos, discussões sobre os valores sociais de convívio, questões de pertencimento e de qualidade de vida no ambiente escolar.

Além de fortalecer vínculos entre alunos, professores e equipes escolares, o projeto também está inserido no contexto de desenvolvimento de uma política estadual de cuidado e bem-estar escolar. As formações buscam implementar na prática as competências socioemocionais estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular, como o autoconhecimento, a empatia, a cooperação, a responsabilidade e a cidadania.

Círculos de Construção de Paz

Baseada na noção de Justiça Restaurativa, que propõe o encontro e a conciliação em vez da punição, o formato dos Círculos de Construção de Paz é estruturado para promover o diálogo. Um facilitador auxilia os participantes a construir um espaço seguro de conversa, partindo de perguntas norteadoras. O método é baseado em etapas que permitem a fala e a escuta ativa de todos os participantes, que são estimulados a refletir e pensar em conjunto sobre a resolução dos conflitos.

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